quinta-feira, 5 de maio de 2011

Grupo de Trabalho Araguaia (GTA)

Postagem Dag Vulpi 05/05/2011

O governo federal deve autorizar nesta quinta-feira a criação do Grupo de Trabalho Araguaia (GTA), com o objetivo de localizar, recolher e identificar os corpos de desaparecidos da Guerrilha do Araguaia, durante a ditadura militar

Os ministros da Defesa, Nelson Jobim, da Justiça, José Eduardo Cardoso, e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, assinarão na tarde desta quinta-feira uma portaria interministerial que ampliará e reformulará as atividades do atual Grupo de Trabalho Tocantins (GTT).
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento de oposição ao regime militar organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), no início da década de 1970. Diferentemente do GTT, que tinha apenas o Ministério da Defesa como coordenador, o GTA terá uma coordenação-geral conjunta dos Ministérios da Defesa, da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com o acompanhamento do presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
De acordo com a portaria, caberá aos três ministérios envolvidos providenciar os meios e recursos necessários à execução das atividades, com o apoio logístico do Comando do Exército e participação facultativa e eventual do Comando da Aeronáutica, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal.
Retomada das buscas
O anúncio da reformulação do grupo de trabalho que atua no Araguaia precede a retomada, já neste mês, dos trabalhos de campo. A depender da intensidade das chuvas, o GTA poderá organizar, na segunda quinzena de maio, uma expedição à região conhecida como Bico do Papagaio, entre os estados do Pará, Tocantins e Maranhão, para reiniciar as buscas.
Ali, os participantes do novo GTA realizarão atividades com o intuito de localizar pontos de possível paradeiro dos restos mortais de participantes da guerrilha. O prazo previsto para o encerramento das atividades do GTA é de um ano, prorrogável caso novos fatos motivem a continuação dos trabalhos.
Nos dois anos em que funcionou, o GTT colheu o depoimento de mais de 150 informantes, entre camponeses, ex-guias e militares da reserva. Os trabalhos de exploração efetuados até então abrangeram uma área superior a 33 mil m², envolvendo escavações de mais de uma centena de alvos, por meio de radar de solo. As buscas do GTT resultaram também na localização de restos mortais que estão sob identificação e análise de peritos do Instituto Médico Legal do Distrito Federal e do Departamento de Polícia Federal, em Brasília. As informações colhidas ao longo desse período serão utilizadas para subsidiar os futuros trabalhos do GTA.

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Carlos Drumond de Andrade