quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A dialética da independência



Jornal do BrasilMauro Santayana


Entre muitos outros danos causados pelo regime militar, houve o da banalização, no pior sentido, dos símbolos nacionais, entre eles as festas da Independência. Mais do que um dia de desfiles e de discursos repetitivos, 7 de setembro deveria ser — como em algum tempo foi — motivo de reflexões sobre a nossa história e o destino que pretendemos.
Como tudo na vida dos homens, a independência das nações nunca é situação completa, conquista definitiva. Trata-se de um processo, do qual a declaração de autonomia, como a de Pedro I na beira do Riacho do Ipiranga, é apenas um episódio. A independência se faz em nossos atos cotidianos, da mesma forma que ela pode ser negada diariamente, na corrupção, na timidez, no medo, na falta de crença em nossa gente ou na submissão aos outros povos.

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“Este é tempo de divisas, tempo de gente cortada. É tempo de meio silêncio, de boca gelada e murmúrio, palavra indireta, aviso na esquina.”
Carlos Drumond de Andrade