Educação elitizada, saúde privatizada, projetos de cultura abortados: o Brasil de 2012 não se livrou das heranças do golpe contra João Goulart em 1º de abril de 1964
"Onde estão os mortos e desaparecidos?", questiona o rapaz a um antigo militar, no Rio. Pergunta pertinente. E atual (©Fernando Rabelo/Folhapress)
São Paulo – A instalação da Comissão da Verdade, as ações contra agentes do Estado envolvidos em torturas e sequestros, manifestações pró e contra a punição de militares: o Brasil de 2012 não tem as manifestações de massa das nações vizinhas quando se trata de direitos humanos, mas não se pode afirmar que impere o marasmo de outrora.
Passados 48 anos do golpe contra o presidente constitucional João Goulart, a transição lenta, gradual e segura proposta pelos militares segue o curso do rio, com águas não tão mansas. É bem verdade que o regime autoritário que vigorou durante mais de duas décadas é um ilustre desconhecido para boa parte da população, ou um fato distante, mas quem desconhece os efeitos de uma educação de nível vexatório? Ou a dificuldade em contar com o serviço público de saúde?
Nenhum comentário:
Postar um comentário