Por Marco Lisboa
Reproduzo abaixo, trecho do meu livro, a ser publicado, sobre a guerrilha do Araguaia. Nele discuto a teoria do foco, que inspirou boa parte da esquerda brasileira. Uma lacuna que noto nos diversos depoimentos sobre a luta armada é a falta de uma crítica (ou uma auto-crítica) mais aprofundada desta teoria. Afinal, no plano teórico, é importante se discutir se era correto pegar em armas ou não. Além disso, é também importante analisar se a forma que a luta armada adotou era a mais adequada ou não.
"Em outubro de 67, Che é assassinado na Bolívia. No Brasil e no mundo, 1968 é marcado por manifestações estudantis e greves operárias. Aqui, a partir de 69, o aumento da repressão e a impossibilidade de se repetirem as grandes passeatas, levou várias organizações revolucionárias a optarem por ações armadas nas cidades. Eram inspiradas pela teoria do foco , uma generalização apressada da experiência cubana.
Esse diálogo entre José Dirceu e Wladimir Palmeira, que em 68 eram duas lideranças estudantis de projeção nacional, é esclarecedor:
“Para a linha geral do movimento, na esquerda revolucionária, foi a Revolução Cubana que influenciou decisivamente. Primeiro, pelo mito do Che Guevara que nós tínhamos já antes do maio francês. Che era adorado. O curioso é que a esquerda brasileira nunca repetiu o que houve em Cuba. Ela dizia “vamos assaltar bancos para financiar o foco”, mas como nunca acumulou dinheiro suficiente, assaltar bancos virou ação. Fazia propaganda armada, mas nunca se chegou sequer a ser como um foco cubano, embora a motivação original de se pegar em armas fosse montada nessa concepção. Geraríamos o foco guerrilheiro e as massas adeririam, uma concepção que está em A Revolução na revolução, o livro do Régis Debray.
Zé Dirceu: O foco foi concebido pela ALN e pelo Carlos Marighella. Depois a ALN e o Molipo tentaram implantá-lo em Goiás, em algumas regiões, mandando pessoas para lá. Evoluiria para uma coluna guerrilheira, que no fundo é um foco. Mas nunca foi além de levar armas, comprar propriedade e levar umas cinco ou seis pessoas. Nunca passou disso.
Vladimir Palmeira: É tudo uma baboseira, sabe por quê? Porque o Régis Debray não conhece nada de Cuba.
Zé Dirceu: Nem da América Latina.
Em 68, o PC do B publicou o documento “Alguns problemas ideológicos da revolução na América Latina”. O documento critica as concepções que negavam o aspecto nacional e democrático da revolução, condena a posição reformista do PCB e, indiretamente, a posição dúbia de Cuba, frente ao chamado revisionismo soviético. Há uma frase, atribuída a Fidel, que ilustra com muita felicidade esse posicionamento: “meu coração está com a China, mas meu estômago está com a União Soviética.” Entretanto, a formulação da guerra popular, junto com uma avaliação crítica de outros caminhos para a luta armada, só será feita em 69.
Em Havana, o Museu da Revolução, antiga sede do governo de Batista, ainda guarda as marcas de bala em suas escadarias. Na área do museu, pode-se ver o Gramma, que antes deveríamos chamar de barquinho, ao invés de iate. É inacreditável que nele pudessem caber 80 homens. No segundo andar, vendo os mapas e as maquetes militares, deparamos com algo mais inacreditável ainda: em apenas dois anos, os 12 sobreviventes do desembarque conseguiram derrubar o ditador Fulgêncio Batista!
Não cabe aqui analisar as causas da vitória da revolução cubana, mas, certamente, entre os fatores decisivos estavam: a existência de um amplo movimento de massas nas cidades; o isolamento de Batista, cuja ditadura foi uma das mais sangrentas dessa parte do mundo e um movimento camponês com tradição de luta. Não foi o exemplo heróico de um punhado de guerrilheiros que colocou toda essa massa em ação; ao contrário, foi a existência desse enorme potencial revolucionário que assegurou o êxito da luta armada.
De novo, recorremos à opinião de Wladimir Palmeira:
“Vladimir Palmeira: No dia em que Fidel iria desembarcar, naquela aventura, havia uma insurreição popular com cinco mil militantes, na segunda cidade mais importante de Cuba, Santiago. Transposta para o Brasil, equivaleria a uma insurreição no Rio. Só que o barco do Fidel atrasou dois ou três dias. A insurreição foi derrubada nesse período, e ao desembarcar Fidel estava vendido. Mesmo assim, ele tinha contato no campo. Não foi chegar e botar os caras sem nenhum contato. São essas são bobagens que Debray exacerbou. Existia em Cuba uma tradição de guerrilha rural, desde que o país ficou independente. Debray fez um manual que descaracterizava a história da Revolução Cubana. Nem a revolução foi como ele disse – que tinha uma certa dose de aventura. Fidel era um cara excessivamente voluntarioso, mas contava com uma base política e de apoio enormes. Não tinha nada a ver com aquilo que tentamos fazer aqui. Imagina, você chegar numa cidade como o Rio e fazer uma insurreição por três dias. O livro do Debray prejudicou muito. A questão da luta armada devia ser tratada de forma mais séria.”
Nenhum dos quadros iniciais da guerrilha cubana tinha uma formação política mais sólida. O próprio Che tinha apenas tinturas de marxismo. Não é de se estranhar, que essa rica experiência ficasse reduzida a uma fórmula mágica, a teoria do foco.
O documento do PC do B, de janeiro de 69, “Guerra Popular, caminho da luta armada no Brasil”, faz um resumo bem apropriado dessa teoria. “Esta teoria não tem em conta a situação objetiva, as forças de classe em presença e o processo político em curso. É uma concepção voluntarista. Segundo os teóricos do “foco”, a guerrilha se desenvolve harmonicamente, “a partir de um núcleo central único”, situado em regiões pouco acessíveis e com combatentes provindos das cidades. Esse núcleo cresce até se transformar numa coluna-mestra que, ao atingir 120 a 150 homens, dá origem a outra coluna que, por sua vez, origina mais outra e assim por diante. Sua existência e manutenção dependem fundamentalmente dos centros urbanos. Seu método não tem em vista ganhar as massas para que elas mesmas façam a sua guerra. O “foco”, segundo seus defensores, por si só, através de atos heróicos de pequenos grupos, atrai novos combatentes e conduz a revolução à vitória. A guerrilha é o próprio partido.”
Em contraste, vejamos o resumo dos aspectos básicos da guerra popular, segundo o PC do B: “será uma guerra de cunho popular, travar-se-á fundamentalmente no interior e mobilizará as grandes massas camponesas, será prolongada, deverá apoiar-se em recursos do próprio país, empregará o método da guerrilha em grande escala, forjará o exército popular, estabelecerá bases de apoio no campo. Terá que se orientar, durante muito tempo, pelos princípios da defensiva estratégica e deverá guiar-se por uma política correta.”
----------------------------------------------------------------------------------------------
"Em outubro de 67, Che é assassinado na Bolívia. No Brasil e no mundo, 1968 é marcado por manifestações estudantis e greves operárias. Aqui, a partir de 69, o aumento da repressão e a impossibilidade de se repetirem as grandes passeatas, levou várias organizações revolucionárias a optarem por ações armadas nas cidades. Eram inspiradas pela teoria do foco , uma generalização apressada da experiência cubana.
Esse diálogo entre José Dirceu e Wladimir Palmeira, que em 68 eram duas lideranças estudantis de projeção nacional, é esclarecedor:
“Para a linha geral do movimento, na esquerda revolucionária, foi a Revolução Cubana que influenciou decisivamente. Primeiro, pelo mito do Che Guevara que nós tínhamos já antes do maio francês. Che era adorado. O curioso é que a esquerda brasileira nunca repetiu o que houve em Cuba. Ela dizia “vamos assaltar bancos para financiar o foco”, mas como nunca acumulou dinheiro suficiente, assaltar bancos virou ação. Fazia propaganda armada, mas nunca se chegou sequer a ser como um foco cubano, embora a motivação original de se pegar em armas fosse montada nessa concepção. Geraríamos o foco guerrilheiro e as massas adeririam, uma concepção que está em A Revolução na revolução, o livro do Régis Debray.
Zé Dirceu: O foco foi concebido pela ALN e pelo Carlos Marighella. Depois a ALN e o Molipo tentaram implantá-lo em Goiás, em algumas regiões, mandando pessoas para lá. Evoluiria para uma coluna guerrilheira, que no fundo é um foco. Mas nunca foi além de levar armas, comprar propriedade e levar umas cinco ou seis pessoas. Nunca passou disso.
Vladimir Palmeira: É tudo uma baboseira, sabe por quê? Porque o Régis Debray não conhece nada de Cuba.
Zé Dirceu: Nem da América Latina.
Em 68, o PC do B publicou o documento “Alguns problemas ideológicos da revolução na América Latina”. O documento critica as concepções que negavam o aspecto nacional e democrático da revolução, condena a posição reformista do PCB e, indiretamente, a posição dúbia de Cuba, frente ao chamado revisionismo soviético. Há uma frase, atribuída a Fidel, que ilustra com muita felicidade esse posicionamento: “meu coração está com a China, mas meu estômago está com a União Soviética.” Entretanto, a formulação da guerra popular, junto com uma avaliação crítica de outros caminhos para a luta armada, só será feita em 69.
Em Havana, o Museu da Revolução, antiga sede do governo de Batista, ainda guarda as marcas de bala em suas escadarias. Na área do museu, pode-se ver o Gramma, que antes deveríamos chamar de barquinho, ao invés de iate. É inacreditável que nele pudessem caber 80 homens. No segundo andar, vendo os mapas e as maquetes militares, deparamos com algo mais inacreditável ainda: em apenas dois anos, os 12 sobreviventes do desembarque conseguiram derrubar o ditador Fulgêncio Batista!
Não cabe aqui analisar as causas da vitória da revolução cubana, mas, certamente, entre os fatores decisivos estavam: a existência de um amplo movimento de massas nas cidades; o isolamento de Batista, cuja ditadura foi uma das mais sangrentas dessa parte do mundo e um movimento camponês com tradição de luta. Não foi o exemplo heróico de um punhado de guerrilheiros que colocou toda essa massa em ação; ao contrário, foi a existência desse enorme potencial revolucionário que assegurou o êxito da luta armada.
De novo, recorremos à opinião de Wladimir Palmeira:
“Vladimir Palmeira: No dia em que Fidel iria desembarcar, naquela aventura, havia uma insurreição popular com cinco mil militantes, na segunda cidade mais importante de Cuba, Santiago. Transposta para o Brasil, equivaleria a uma insurreição no Rio. Só que o barco do Fidel atrasou dois ou três dias. A insurreição foi derrubada nesse período, e ao desembarcar Fidel estava vendido. Mesmo assim, ele tinha contato no campo. Não foi chegar e botar os caras sem nenhum contato. São essas são bobagens que Debray exacerbou. Existia em Cuba uma tradição de guerrilha rural, desde que o país ficou independente. Debray fez um manual que descaracterizava a história da Revolução Cubana. Nem a revolução foi como ele disse – que tinha uma certa dose de aventura. Fidel era um cara excessivamente voluntarioso, mas contava com uma base política e de apoio enormes. Não tinha nada a ver com aquilo que tentamos fazer aqui. Imagina, você chegar numa cidade como o Rio e fazer uma insurreição por três dias. O livro do Debray prejudicou muito. A questão da luta armada devia ser tratada de forma mais séria.”
Nenhum dos quadros iniciais da guerrilha cubana tinha uma formação política mais sólida. O próprio Che tinha apenas tinturas de marxismo. Não é de se estranhar, que essa rica experiência ficasse reduzida a uma fórmula mágica, a teoria do foco.
O documento do PC do B, de janeiro de 69, “Guerra Popular, caminho da luta armada no Brasil”, faz um resumo bem apropriado dessa teoria. “Esta teoria não tem em conta a situação objetiva, as forças de classe em presença e o processo político em curso. É uma concepção voluntarista. Segundo os teóricos do “foco”, a guerrilha se desenvolve harmonicamente, “a partir de um núcleo central único”, situado em regiões pouco acessíveis e com combatentes provindos das cidades. Esse núcleo cresce até se transformar numa coluna-mestra que, ao atingir 120 a 150 homens, dá origem a outra coluna que, por sua vez, origina mais outra e assim por diante. Sua existência e manutenção dependem fundamentalmente dos centros urbanos. Seu método não tem em vista ganhar as massas para que elas mesmas façam a sua guerra. O “foco”, segundo seus defensores, por si só, através de atos heróicos de pequenos grupos, atrai novos combatentes e conduz a revolução à vitória. A guerrilha é o próprio partido.”
Em contraste, vejamos o resumo dos aspectos básicos da guerra popular, segundo o PC do B: “será uma guerra de cunho popular, travar-se-á fundamentalmente no interior e mobilizará as grandes massas camponesas, será prolongada, deverá apoiar-se em recursos do próprio país, empregará o método da guerrilha em grande escala, forjará o exército popular, estabelecerá bases de apoio no campo. Terá que se orientar, durante muito tempo, pelos princípios da defensiva estratégica e deverá guiar-se por uma política correta.”
----------------------------------------------------------------------------------------------
DEBATE BATE PAPO FACEBOOK
----------------------------------------------------------------------------------------------
Paulo Oisiovici Estudei o documento "Guerra Popular, caminho da luta armada no Brasil", durante um curso do partido em 1979. Parabéns pelo texto(trecho do livro)! Espero sua publicação para estudá-lo de forma mais detida e se puder debater contigo...
José Bazilio Moreira Júnior “Há aqueles que lutam um dia; e por isso são bons; Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons; Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda; Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis." Brecht “Minhas cinzas devem ser espalhadas na região do Araguaia, onde houve a guerrilha. É uma forma de juntar-me aos que lá tombaram.” último pedido de João Amazonas
Paulo Oisiovici Quem menciona isso é Haroldo Lima no seu discurso em despedida a João Amazonas. Na ocasião eu estava morando em Couro de Porco, a 110 Km da sede do município de Correntina, e ele me mandou uma cópia desse seu discurso e uma carta me avisando da morte do camarada Amazonas... Muitas saudades de Amazonas...
Ferreira Ferrerinha Bem lembrado compas, Paulo Oisiovici!!
Américo Jurca E como Amazonas veria o PC do B de hoje?
Paulo Oisiovici Boa pergunta, Américo Jurca! Quando a faço atraio - não sei porque o ódio de alguns companheiros. Pelo que conheci de Amazonas, se vivo, não permitiria que o PC do B tomasse o rumo que tomou... Ele era um comunista autêntico.
Américo Jurca Olhe, Paulo, eu fui militante do PC do B durante muito tempo e tenho, cá para mim, que o João Amazonas não aceitaria as coisas como estão hoje.Ele era mesmo pró-Stálin e podia ter lá uma visão com a qual, eu, por exemplo, não concordo, mas que ele era um comunista autêntico, disso não tenho dúvida!
Paulo Oisiovici Militei muito tempo no PCdoB (1976-1985). Tive o privilégio de conhecer e participar de cursos do partido e palestras com Amazonas. Quando afirmo que era um comunista autêntico, sei o que estou afirmando... Embora também não concorde em tudo com as atitudes de Stálin. Critico o PCdoB por ter abandonado os princípios revolucionários e ter jogado sua história na lata do lixo, desprezando o sangue derramado pelos camaradas no Araguaia e por tantos outros... Não é o partido da classe operária. Transformou-se num partido burguês, fisiologista, com evidente feição de direita, ao apoiar o latifúndio e o agronegócio em detrimento da agricultura familiar e do meio ambiente, dentre outras atitudes/posições que tem tomado. O prefeito de Correntina-BA, que foi eleito pelo PFL, filiou-se da noite para o dia no PCdoB. Persegue o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de Correntina-BA, desvia dinheiro público enriquecendo ilicitamente a si mesmo e a seu grupo de correligionários. Não é um partido comunista. É um partido social-democrata, reformador do capitalismo e perenizador do status quo.
Américo Jurca É, Paulo, eu entrei exatamente quando você saiu, em 1985.Deixei definitivamente em 1997.Se eu pegar alguns comentários que faço sobre o mesmo assunto, seria o mesmo que repetir quase que em bloco suas palavras aqui.Minha visão é a mesma: partido reformador do capitalismo, nada mais.E mais um a denegrir a imagem do socialismo, pois apesar da prática espúria, continua a se utilizar do nome "comunista".
Paulo Oisiovici Boa pergunta, Américo Jurca! Quando a faço atraio - não sei porque o ódio de alguns companheiros. Pelo que conheci de Amazonas, se vivo, não permitiria que o PC do B tomasse o rumo que tomou... Ele era um comunista autêntico.
Américo Jurca Olhe, Paulo, eu fui militante do PC do B durante muito tempo e tenho, cá para mim, que o João Amazonas não aceitaria as coisas como estão hoje.Ele era mesmo pró-Stálin e podia ter lá uma visão com a qual, eu, por exemplo, não concordo, mas que ele era um comunista autêntico, disso não tenho dúvida!
Paulo Oisiovici Militei muito tempo no PCdoB (1976-1985). Tive o privilégio de conhecer e participar de cursos do partido e palestras com Amazonas. Quando afirmo que era um comunista autêntico, sei o que estou afirmando... Embora também não concorde em tudo com as atitudes de Stálin. Critico o PCdoB por ter abandonado os princípios revolucionários e ter jogado sua história na lata do lixo, desprezando o sangue derramado pelos camaradas no Araguaia e por tantos outros... Não é o partido da classe operária. Transformou-se num partido burguês, fisiologista, com evidente feição de direita, ao apoiar o latifúndio e o agronegócio em detrimento da agricultura familiar e do meio ambiente, dentre outras atitudes/posições que tem tomado. O prefeito de Correntina-BA, que foi eleito pelo PFL, filiou-se da noite para o dia no PCdoB. Persegue o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de Correntina-BA, desvia dinheiro público enriquecendo ilicitamente a si mesmo e a seu grupo de correligionários. Não é um partido comunista. É um partido social-democrata, reformador do capitalismo e perenizador do status quo.
Américo Jurca É, Paulo, eu entrei exatamente quando você saiu, em 1985.Deixei definitivamente em 1997.Se eu pegar alguns comentários que faço sobre o mesmo assunto, seria o mesmo que repetir quase que em bloco suas palavras aqui.Minha visão é a mesma: partido reformador do capitalismo, nada mais.E mais um a denegrir a imagem do socialismo, pois apesar da prática espúria, continua a se utilizar do nome "comunista".
Nenhum comentário:
Postar um comentário