Postagem: Dag Vulpi
Autoria e Publicação no facebook: Marco Lisboa
Marco Lisboa - Foto: Facebook |
Para quem leu o texto do Alípio Freire e ficou sem saber o que era o mimeógrafo reco-reco, publico um trecho do meu livro sobre a guerrilha do Araguaia, onde explico o que é esta engenhoca.
"A guerrilha aproveitou a trégua para intensificar o trabalho político. Com os guerrilheiros havia um mimeógrafo reco-reco, que trabalhava febrilmente. Foram escritos vários comunicados e cartas que conseguiram transpor o cerco e foram difundidas por todo o país. Destacam-se uma Carta de Osvaldão, A carta a um deputado federal, datada de junho de 1972 e uma carta de João Carlos Haas aos amigos que havia deixado em Porto Franco.
"A guerrilha aproveitou a trégua para intensificar o trabalho político. Com os guerrilheiros havia um mimeógrafo reco-reco, que trabalhava febrilmente. Foram escritos vários comunicados e cartas que conseguiram transpor o cerco e foram difundidas por todo o país. Destacam-se uma Carta de Osvaldão, A carta a um deputado federal, datada de junho de 1972 e uma carta de João Carlos Haas aos amigos que havia deixado em Porto Franco.
Mimeógrafo Reco-Reco |
Em sua militância, Elio penou um bocado com essa máquina antediluviana, uma espécie híbrida entre o mimeógrafo à tinta e a tela de silk-scream. A engenhoca tinha uma parte fixa, uma base plana, de madeira, de 45 cm por 30 cm. Presa com dobradiças, ficava a parte móvel, uma báscula, que era como uma janela, nas mesmas dimensões. A báscula era coberta com uma tela de nylon bem esticada, fixada na moldura da báscula com grampos ou percevejos.
O texto a ser impresso era batido em uma folha de estêncil com uma máquina de escrever sem a fita. A batida retirava a cera que recobria a folha de estêncil, deixando apenas um tecido permeável. O estêncil ficava em baixo da báscula. Na parte interna do nylon era colocada a tinta para mimeógrafo. Manualmente, alguém ia passando um rodo na parte de cima, forçando a tinta a atravessar a tela de nylon e a parte permeável do estêncil. A consistência pastosa da tinta retinha o estêncil na mesma posição. Em baixo, uma a uma, eram colocadas as folhas de papel. O reco-reco do rodo na tela dava nome ao artefato."
E na nota de rodapé, explico o que era o mimeógrafo a tinta.
"O próprio mimeógrafo à tinta é uma relíquia dos anos 70. Os Gestetner, marca que se tornou sinônimo de mimeógrafo, eram usados para imprimirem panfletos e documentos clandestinos. Sobreviveram um certo tempo, em pequenas gráficas."
Estamos ficando velhos ...
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Alderijo Bonache O mimeógrafo é coisa da REPÚBLICA VELHA!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kDaí a guerrilha ter sido calcinada, pois os meios de quedispunham eram extremamente inferiores, um grupo de idealista que morreram de graça, lamento que fosse este o fim trágico!
O texto a ser impresso era batido em uma folha de estêncil com uma máquina de escrever sem a fita. A batida retirava a cera que recobria a folha de estêncil, deixando apenas um tecido permeável. O estêncil ficava em baixo da báscula. Na parte interna do nylon era colocada a tinta para mimeógrafo. Manualmente, alguém ia passando um rodo na parte de cima, forçando a tinta a atravessar a tela de nylon e a parte permeável do estêncil. A consistência pastosa da tinta retinha o estêncil na mesma posição. Em baixo, uma a uma, eram colocadas as folhas de papel. O reco-reco do rodo na tela dava nome ao artefato."
E na nota de rodapé, explico o que era o mimeógrafo a tinta.
"O próprio mimeógrafo à tinta é uma relíquia dos anos 70. Os Gestetner, marca que se tornou sinônimo de mimeógrafo, eram usados para imprimirem panfletos e documentos clandestinos. Sobreviveram um certo tempo, em pequenas gráficas."
Estamos ficando velhos ...
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