sábado, 6 de agosto de 2011

Celso Amorim, já foi demitido da direção geral da Embrafilme por ter financiado um filme contrário aos militares.

Cúpula das Forças Armadas considerou indicação de Amorim "provocação e afronta"
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Agência Brasil
O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, já foi demitido da direção geral da Embrafilme por ter financiado um filme contrário aos militares. Em 1982, Amorim teve que deixar a produtora de cinema estatal - para a qual tinha sido nomeado em 1979 pelo então presidente general João Baptista Figueiredo - por causa da produção Pra Frente, Brasil, de Roberto Farias, que retratava a tortura no regime militar.
Na época, a cúpula das Forças Armadas considerou Pra Frente, Brasil uma provocação e uma afronta.

Criada pelos militares em 1969, a Embrafilme era responsável por fomentar a produção e a distribuição de filmes nacionais. A empresa foi extinta em 1990 durante o governo Collor e suas atribuições foram repassadas à Ancine (Agência Nacional de Cinema).

O episódio de atrito entre Amorim e as Forças Armadas por causa da Embrafilme foi apenas o primeiro de uma série de divergências que viriam à tona nos anos seguintes.
Almirantes, generais e brigadeiros dizem que a escolha de Amorim para chefiar a Defesa foi "a pior surpresa" dos últimos tempos, só comparável à escolha de José Viegas Filho, também diplomata, no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva, para o mesmo cargo.
De acordo com oficiais-generais que não podem se identificar, quando era ministro das Relações Exteriores, Amorim adotou posições que contrariaram os "princípios e valores" dos militares.
Um militar comentou que "é quase como nomear o flamenguista Márcio Braga para o cargo de presidente do Fluminense ou do Vasco, ou vascaíno Roberto Dinamite como presidente do Flamengo", recorrendo a uma analogia futebolística e resumindo o sentimento de "desgosto" da categoria.
Apesar de toda contrariedade, os militares, disciplinados, não tomarão nenhuma atitude contra Amorim. Não há o que fazer, além de bater continência para o ocupante da cadeira do Ministério da Defesa.

2 comentários:

  1. Nao concordo com a forma em que foi utilizado o titulo da mensagem...
    O Titulo da a impressão que de o ministro foi demitido logo após ter sido nomeado, mas o texto versa sobre o passado longícuo...
    Meu nome é Sadi, não sou anonimo, mas a escolha do perfil é limitado e não me enquadro em nenhum dos que ali constam

    ResponderExcluir
  2. Sadi, não somente agradeço o seu comentário, como também concordo com ele, e em atenção alterei o título da postagem.
    Veja se ficou melhor como está agora.
    Agradeço o prestígio que me dispensas, lendo as minhas postagens.

    Um fraterno abraço!

    Dag Vulpi

    ResponderExcluir

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“Este é tempo de divisas, tempo de gente cortada. É tempo de meio silêncio, de boca gelada e murmúrio, palavra indireta, aviso na esquina.”
Carlos Drumond de Andrade