segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Estudantes Chilenos denunciam tortura à Corte Interamericana de Direitos Humanos


Na tentativa de obter melhorias na educação do país muitos chilenos decidem realizar protestos. Muito sofrem torturas. Exatamente por isso a Confederação de Estudantes do Chile (Confech) resolveu recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para denunciar “abusos e torturas” por parte dos carabineiros (policiais militares) contra os manifestantes.
Os dirigentes universitários se reuniram na Universidade de Los Lagos, em Osorno, a 900 quilômetros ao sul de Santiago, e discutiram a “violência indiscriminada” que a polícia adotou com relação aos estudantes, com ocorrências que, segundo eles, podem ser classificadas como “tortura”.
Segundo o presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica do Chile (Feuc), Giorgio Jackson:
- Os diferentes casos vão ser apresentados em 28 de outubro nos Estados Unidos, em Washington.
Houve um estudante que denunciou uma agressão que sofreu por policiais. O estudante de Música Gonzalo Aléxis Espinoza enviou à rádio Bío Bío imagens de queimaduras sofridas por ele quando efetivos de forças especiais dos Carabineiros lançaram um jato de água quente em seu rosto durante a desocupação da Universidade de Valaraíso.
O estudante foi detido e levado à delegacia e liberado apenas no dia seguinte. Houve queimaduras de segundo grau na face e no peito, segundo diagnóstico do departamento de Urgência do Hospital Carlos Van Buren, de Valparaíso.
A CIDH, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), deve analisar e avaliar os casos que vier a receber. O objetivo da reunião dos dirigentes estudantis também foi analisar o giro pela Europa que alguns fizeram recentemente, que incluiu um encontro com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Eles pretendem também planejar quais serão os próximos passos.

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“Este é tempo de divisas, tempo de gente cortada. É tempo de meio silêncio, de boca gelada e murmúrio, palavra indireta, aviso na esquina.”
Carlos Drumond de Andrade