O jornalista paraense faz um resgate histórico da construção da polêmica barragem de Tucuruí, no Pará, uma das grandes obras do período da ditadura militar no Brasil. Tucurui, a barragem da ditadura relata os lances que envolveram a hidrelétrica desde o início em 1974 até o término em 1985, mostrando que apesar da censura e da ditadura, o debate sobre a obra chegou à opinião pública por meio da imprensa.
De acordo com seu relato, a hidrelétrica estoca em seu reservatório 45 milhões de metros cúbicos de água que movimentam 23 turbinas. Seis delas suprem de energia duas grandes empresas: a Albrás, em Belém, e a Alumar, em São Luiz do Maranhão. Três turbinas abastecem o Estado do Pará e o restante é exportado, transformando o estado em terceiro maior exportador de energia bruta do País.
Quase 30 anos se passaram. A ditadura não existe mais e o Brasil é um país democrático. Entretanto, os planos de construção de hidrelétricas na Amazônia herdados da ditadura, acabaram sendo retomados. Primeiro pelo governo Lula e agora pelo governo Dilma Rousseff. Em tempos de retomada de obras de infraestrutura como Belo Monte, no Rio Xingu e muitas outras, o relato de Lúcio Flavio pode ser precioso para aprofundar a reflexão e o debate sobre tais projetos.
Tucuruí, a barragem da ditadura é uma publicação do Jornal Pessoal, periódico que Lucio Flavio edita quinzenalmente há 24 anos. Nos últimos 19 anos, suas denúncias e reportagens lhe valeram – e ainda lhe valem – inúmeros processos judiciais, agressões e violência.
ISA, Instituto Socioambiental.
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