quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Exposição “Anistia e Democracia” resgata memória histórica da ditadura militar

Resgatar junto à sociedade e principalmente aos jovens de todo o país a memória histórica do regime militar e as atrocidades cometidas durante aquele período. Esse é um dos objetivos da Exposição itinerante “Anistia e Democracia: Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”, que teve início na noite desta terça-feira, 22, na Fortaleza de São José de Macapá.
Na cerimônia de abertura estiveram presentes a diretora da Escola de Administração Pública (EAP), Izabel Cambraia; o senador João Alberto Capiberibe; o assessor da Presidência da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Roberto Reis; o secretário de Educação do Estado, José Maria Lobato, que esteve no evento representando o governador Camilo Capiberibe; o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Amapá, Washington Picanço; e o coordenador regional do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Pedro Ramos.
A exposição, composta por 30 painéis, retrata através de fotografias e depoimentos o período da ditadura, onde a repressão e a violência contra a sociedade eram constantes.
O secretário da Seed, José Maria Lobato, se emocionou ao falar deste momento tão triste da história brasileira, onde muitos foram vítimas desse regime cruel que marcou um período na memória do país, enfatizando também a importância desta exposição que volta ao passado para desvendar, através de relatos, os horrores cometidos pela ditadura militar.
De acordo com o representante da Comissão de Anistia, Roberto Reis, a exposição deverá percorrer todos os estados brasileiros, fazendo um resgate da memória histórica desta época que tanto marcou a sociedade.
Segundo Izabel Cambraia, o foco principal da exposição será o público jovem das escolas do Estado que, através destes painéis, terão a oportunidade de conhecer melhor a história do Brasil durante o regime militar.
“Com isso, será difundido este conhecimento de forma mais ampla para as novas gerações de modo que elas possam evitar que momentos como estes voltem a acontecer em nosso país”, ponderou.
Lembranças
Além do oficializar o início da exposição, a cerimônia foi marcada como um momento de lembranças das angústias, maus tratos, crimes e de todo o sofrimento vivenciado naquele período.
O senador João Alberto Capiberibe relembrou diversos momentos passados por ele, por amigos e conhecidos durante a ditadura, e enfatizou a necessidade e a importância de se mostrar aos jovens a realidade do regime militar, possibilitando aos mesmos uma visão mais ampla desse momento da história brasileira.
“É fundamental para os jovens que nasceram e cresceram na democracia entender que o país nem sempre agiu de forma democrática e que a sequência de ditaduras que aconteceram tiveram características muito próprias, usando de instrumentos poderosos para impedir que as novas gerações entendessem e conhecessem as atrocidades que foram cometidas contra a sociedade durante aquele período. Essa exposição vem para mostrar a realidade, por isso é fundamental que essa geração de jovens compreenda e conheça a história do nosso país e possa, com esse conhecimento, projetar um futuro de paz, de liberdade e de democracia”, enfatizou o senador, com os olhos marejados, recordando a sua própria história.
O momento foi também de homenagem às vítimas dos crimes cometidos pelo regime militar, com o lançamento da pedra fundamental “A Memória do Brasil”, inaugurada em honra àqueles que viveram e morreram durante a ditadura. Em seguida foi declarada aberta oficialmente a exposição.

Por Karla Marques/Secom

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja Bem Vindo, Participe!

Curta a nossa pagina

Powered By Blogger

Participe do grupo no Facebook

Pesquisar

“Este é tempo de divisas, tempo de gente cortada. É tempo de meio silêncio, de boca gelada e murmúrio, palavra indireta, aviso na esquina.”
Carlos Drumond de Andrade